Enquanto alguns cientistas dizem que os fatos são inquestionáveis, que não resta dúvida que somos nós, humanos, que estamos aquecendo o planeta, as teses que relacionam o aumento na temperatura com os ciclos naturais da terra circulam e ganham adeptos.
Um controverso documentário entitulado “
The great global warming swindle” ( A grande farsa do aquecimento global – no you tube dividido em 9 partes), exibido pelo canal 4 da TV britânica, questiona a contribuição humana nas mudanças climáticas. Inúmeros acadêmicos e desenvolvimentistas como
Ian Clark,
Patrick Moore,
Richard Lindzen,
Patrick Michaels,
Nigel Calder,
John Christy,
Paul Reiter Nigel Lawson e
Piers Corbyn contribuíram para a construção da premissa que encabeça o filme.
Apesar de o documentário ter sido bem aceito entre a legião de céticos da
antropogenia climática, foi duramente criticado por inúmeras organizações científicas no mundo todo, inclusive por dois dos cientistas que aparecem dando depoimentos.
O debate não é atual e muito menos simples de ser compreendido.
Aqueles que defendem a interferência da atividade humana, acusam seus críticos de estarem conectados à defesa dos interesses do lobby dos combustíveis fósseis e das nações ricas em petróleo do Oriente Médio. Afirmam que as implicações para a vida, caso suas previsões sobre o aumento da temperatura global estejam corretas, serão imensas e já podem ser sentidas, com o crescimento dos desastres naturais e os termômetros apontando anos cada vez mais quentes. Metereologistas do
IPCC predizem que, se as emissões dos gases produzidos pela ação humana continuarem a crescer aos níveis atuais, isto poderá levar o planeta a um catastrófico aumento de 10ºC.
Do lado oposto, os céticos apontam que há interesse em criar uma atmosfera catastrofista para angariar financiamentos para pesquisas. Segundo eles, existem muitas incertezas na ciência das mudanças climáticas que precisam ser dirimidas antes de se implementarem medidas mitigatórias de “alto custo” econômico.
Os postulados científicos de ambos os lados não acabam. Nós, pobres mortais, tentamos ao máximo entender e contextualizar os dados que nos são apresentados.
Ainda assim, não sabemos precisar até onde vai nossa responsabilidade no temido aquecimento global. De qualquer forma, quando o assunto é meio-ambiente, na dúvida, melhor do que agir como São Tomé, é seguir o exemplo de Pascal: pese o que tem a ganhar e a perder acreditando que nossas ações podem mudar o planeta para melhor.